quinta-feira, 11 de março de 2010

CONCURSO DE REDAÇÃO CAMÉLIA DA LIBERDADE!!



(figura retirada do blog  http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/2008/10/almirante-negro-mestresala-dos-mares.html )


Atenção ao início do Concurso de Redação Camélia da Liberdade! O tema não poderia ser mais fascinante: "João Cândido, o marinheiro da Liberdade - 100 anos da Revolta da Chibata". Quem não se lembra da eterna letra e música dos compositores João Bosco e Aldir Blanc, denominada o "Mestre Sala dos Mares"?

O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) promove o concurso “Camélia da Liberdade” há cinco anos no estado do Rio de Janeiro e já está na sua terceira edição para o estado de São Paulo. Voltado para implementação da Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que propõe uma revisão de conceitos e valores éticos, sociais, culturais, históricos e de responsabilidade social tanto de professores, quanto de alunos e gestores na área. É direcionado aos alunos do Ensino Médio nas redes públicas e privadas e núcleos pré-vestibulares comunitários no Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Os professores do ensino médio terão mais do que tempo hábil para prepararem as melhores redações com seus alunos: o envio das redações poderão ser feitos entre os dias 20 de março e 31 de agosto de 2010. Porém, as escolas devem correr para se inscrever, pois, conforme o edital, apenas as 250 primeiras escolas inscritas serão aceitas. No próprio portal há um espaço para inscrição:

Baixe aqui a ficha 1
Baixe aqui a ficha 2

As premiações são excelentes: um laptop para o professor orientador da redação premiada, 10 computadores para a escola premiada, e por aí vai. O Concurso é organizado pelo CEAP - Centro de Articulação de Populações Marginalizadas. O CEAP distribuirá kits de apoio para trabalhos do professor na escola durante os seminários. Mas este material pode também ser baixado no próprio site (ou clique aqui direto). No próprio portal do CEAP há um material riquíssimo de consulta também. Também o edital se encontra disponível para download no portal - ou clique aqui.

O que fazer agora? Leia o edital com cuidado, reúna os professores e divulgue o projeto para começarem a trabalhar. Correndo!!!

Para terminar, a letra da música O Mestre Sala dos Mares merece ser reproduzida novamente, por sua beleza e poesia. Recordar é viver. Encontramos no site do Instituto Federal de São Paulo uma curiosidade: duas letras: uma antes da censura da ditadura, outra depois. O que só prova que, com um pouco de criatividade, a vida continua!

Antes da ditadura/censura:

O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)
(letra original sem censura
)

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo

Depois da censura:


Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o navegante negro
tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar na alegria das regatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas,
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos santos entre cantos e chibatas
Inundando o coração do pessoal do porão
Que a exemplo do feiticeiro gritava então:
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o navegante negro
que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo...

Curta um pouco a música interpretada por Elis Regina, gloriosa, em 1978,  no Festival RTP 1978:



Bom trabalho! E boa sorte para todos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores